sexta-feira, 25 de março de 2011

Trecho de Entrevista concedida pelo Prof Dr Eguimar Chaveiro sobre Poesia...Confiram


SR. EGUIMAR O QUE VOCÊ DIZ SER A POESIA?

O poético há que se pendurar no pensamento. É uma medida de intensidade. Caso transborde do pensamento para os olhos é poético. Caso transborde dos olhos para a pele é poético. Caso vai da pele ao desejo é poético. É uma irrupção silenciosa e brava. Ferro, alumínio e açafrão. Uma mãe dano-de-mamá ao filho; um vendedor gritando OLHA A FARINHA! Um ladrão de Goiaba dando uma ao amigo. O professor que se apaixonou, de uma só vez, por Paulo Freire e pela Musa da sala, ela se chama Cremildinha...

SR EGUIMAR COMO DEFINIR TIPOS DE POÉTICAS?
Há outros tantos de poéticas, inclusive siderais e subliminares, escultóricas e pictóricas, renhidas como a de Drummond, simples como a de Quintana, geométrico-criativa como a de Cabral, doida como de Maiakosvski, pornográfica como a de Leminski, terrosa como a de Manoel de Barros e inteligente como a de JOaquim Pedro. Versos são pedras de fogo. O fogo é químico como as palavras. Encadear palavras em fios suspensos para abrir sentidos no além de Clarice... 

SR EGUIMAR COMO SE SITUA A POESIA HOJE?
Haverá um dia em que a poesia pode abandonar a vontade de sabedoria que reina no coração humano? Há gente que vende poeminhas nos bares; há gente que faz poemas em shoppings, como há os que declamam quando bêbados; há poesia de monturo e poeta empedernido. Há poetas surreais neoconcretos urbanóides; poetas interativos; poetas do absurdo; e poetas marginais, eletrotécnicos... Cada poesia é um grão do mundo, face do desdobramento do corpo inteiro. O ser chora quando nasce, colhe luz, é morrente. A poesia, em suas variadas formas, é um tipo de tática antecipada de ressurreição. Vamos lá!
SR EGUIMAR VOCÊ PODE FALAR UM VERSO QUE TE AGRADA?
 ...em todas as esquinas haverá uma lua e um sentinela prontos para celestiar...

sábado, 19 de março de 2011

Linguagem e Mídia: uma nova forma de interação verbal

                                      
                                                                                                 * Dóris de Fátima Reis Mendes
A linguagem   humana é inerente a sua natureza, e as formas de comunicação entre os homens é objeto de estudos de teóricos de todas as áreas, não apenas da linguagem, como também da antropologia, filosofia, história, psicologia, entre outras. Na modernidade o  foco das  pesquisas está direcionado em especial aos novos suportes de leitura e escrita e a linguagem virtual que se torna cada vez mais uma maneira comum de interação entre as pessoas .Neste sentido, as  várias possibilidades de comunicação e uso de textos por meio da linguagem virtual se tornam temas instigantes a pesquisas.
A história da escrita demonstra a sua importância na vida em sociedade, tanto no que diz respeito a transmissão de cultura adquirida, quanto em relação a evolução dos aparelhos de divulgação e apropriação  desse tipo de linguagem. Estes suportes de leitura e escrita são hoje os mais variados possíveis e demonstram a evolução  humana e tecnológica, na área da linguagem. Na  medida em que a humanidade foi criando e se apropriando de novas formas de interação, a manifestação da escrita e da leitura também foi se modificando.
Estudos da teoria funcionalista da linguagem nos ajudam a explicar e entender este processo de desenvolvimento e apropriação da linguagem escrita e de como esta linguagem se apresenta de forma funcional nos sistemas linguísticos.
O modelo de comunicação tradicional que foi apresentado na teoria do linguista Jakobson (1969) determinava cinco elementos envolvidos no processo da comunicação: emissor, receptor, mensagem, código e canal. O esquema proposto por Jakobson (1969) para a dinâmica comunicativa foi elaborado a partir da conjugação dos elementos que se seguem e constitui um avanço para a época na maneira de se pensar a língua enquanto fenômeno comunicativo. Assim, remetente (aquele que enuncia), mensagem (conteúdo enunciado), contato/código (forma utilizada para a transmissão da mensagem), destinatário (aquele que recebe a informação expressa pelo remetente) foram tratados como elementos necessários para um ato comunicativo.
Nesse sentido, Halliday (1974; 1978; 1985) vem contribuir com sua proposta de gramática sistêmico-funcional. Seus estudos consideram tanto as experiências lingüísticas como as extralingüísticas relativas ao contexto comunicativo. Assim, ele destaca o aspecto pluridimensional e multifuncional da linguagem e acredita que a língua está sujeita a sofrer mudanças pela ação do uso.
Uma nova noção da organização lingüística é visível na Teoria da Gramática Funcional, de Dik (1989), que propôs um modelo de gramática funcional baseado em um esquema de interação verbal (que avança em relação ao modelo tradicional de Jakobson, 1969)  Dik (1989) concebe a realização do ato comunicativo por meio de uma atividade cooperativa e estruturada, que necessita da participação de pelo menos dois indivíduos para a sua efetivação. Ele faz uma relação entre a interação verbal e a social, sendo que a comunicação é vista como um padrão de atividades interativas que têm um dinamismo cooperativo em que não há predominância de um de falante ou ouvinte, ambos os participantes do ato comunicativo contribuem igualmente para o processo da comunicação.
Tomando como base esses estudos funcionalistas podemos analisar os motivos pelos quais os suportes de leitura e escrita vem se manifestando de forma diferenciada nos dias atuais e principalmente como isto se reflete no uso da linguagem oral e na manifestação da língua no dia a dia dos internautas.
Com esta prática de uso, um outro código linguístico está sendo constituído e por meio do uso se  concretiza  como uma linguagem específica e internacional, que não se configura como específica de nenhuma língua em particular. No português do Brasil por exemplo, podemos citar a particularidade da formação silábica que foneticamente  e do ponto de vista morfológico, é formada por VC,(vogal consoante) CV (consoante-vogal) ou VV(vogal, - vogal), ou seja, a língua “brasileira”não apresenta nenhuma sílaba sem vogal. Porém na linguagem virtual dos bate papos , por economia de tempo e fluidez da conversa já se configura em apenas CC (consoante-consoante). Exemplo: KD por “cadê”-VC por “você”- TBM por “também”. Assim, caminhando para uma nova ortografia. Portanto novas regras se firmam como convenções de linguagem, incluindo gramática e ortografia da língua, que perde fonemas, grafemas e ganha sentidos e significados contextuais cada vez mais amplos e flexíveis, sendo definidos por seus contextos de uso.
Assim, podemos afirmar que os modelos de comunicação tradicionais definidos por  Jakobson (1969) , já não se aplicam mais as práticas comunicativas atuais cada vez mais baseadas na interação e na configuração de novas práticas comunicativas em que se é possível ter uma conversa via computador com diversas pessoas ao mesmo tempo mesmo sem a presença real dos participantes da conversa.



*Pedagoga, especialista em administração educacional e Língua Portuguesa e mestre em estudos linguísticos. Professora universitária, coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Trindade, professora dinamizadora do Colégio Estadual Senador Theotônio Villela e membro da Academia Trindadense de Letras Ciências e Artes.

Programa Roda da Cultura estreia na rádio Trindade FM

O programa Roda da Cultura foi veiculado pela primeira vez na rádio Trindade FM, ( frequência 87,9 ) neste sábado e contou com a brilhante presença de Claudino da Silveira, grande radialista de Goiás, como convidado. O tema apresentado foi a História do Rádio e para falar sobre isso além do convidado, estava presente o Prof. Bento Jaime de Araújo Fleury Curado (Acadêmico e fundador da Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes), que desenvolveu pesquisa sobre o tema. O Programa foi idealizado pela ATLECA, produzido pela Prof. Dóris Reis e apresentado pelo jornalista Antônio Erasmo e pelo produtor Cultural, Cristiano Vaz.
Participou ainda deste programa a acadêmica Dina Queiroz, que contribuiu com o quadro Vitrola Goiana, que tem o objetivo de resgatar clássicos da música nacional e extrangeira.
O programa teve excelente aceitação do público e a audiência superou as expectativas para  a estreia.
Este foi o primeiro de inúmeros programas que estão por vir.




quarta-feira, 16 de março de 2011

Academia de Letras está no rádio



No próximo dia 19, sábado, a Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes (ATLECA) fará a estreia do programa radiofônico “Roda de Cultura”, na Trindade FM 87,9, das 15h às 16h. A convite do presidente da rádio, Leandro Alves, e aprovação da diretoria, a egrégia confraria assumirá este canal de comunicação com a população local e demais ouvintes pela internet (www.trindadefm.com.br).
O programa levará um pouco de cultura regional, música raiz e temas recorrentes ao ar, além de esboçar projetos da academia e talentos locais. A apresentação fica por conta do jornalista Antonio Erasmo e do produtor cultural Cristiano Vaz, com direção da linguista Doris Reis, todos membros da ATLECA.
Além do programa de rádio, a confraria conta ainda com mais dois veículos de comunicação: o site www.atleca.com.br e o recém lançado jornal impresso Academus, que ganha as ruas na próxima semana.

 
 
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Antonio Erasmo Queiroz
Jornalista Profissional 2227-GO
Especialista em Assessoria de Comunicação
(62) 8472-5031