segunda-feira, 31 de outubro de 2011

BANDEIRAS, INTENÇÕES E METAS: uma leitura do texto “A GEOGRAFIA CRÍTICA E A CRÍTICA DA GEOGRAFIA” de Ana Fani A. Carlos



                                                                    Por : Eguimar Felício Chaveiro



O que fazer com meus pensamentos,
Se enquanto todos dormem, eles passeiam pela casa,
Brincam de esconde-esconde pelos quartos,
Aproveitando o escuro da madrugada?
Remexem nas gavetas, nos armários...
São crianças tolas e inconseqüentes..
,..não tem fronteira, nem porteira, nem cerca que os detenham..

                                                                                              Dóris Reis


Já se disse outras tantas vezes: o pensamento é pulso que alavanca decisões; matéria subjetiva que entremeia sentidos das ações – e lhes dão lume, prumo e direção; é plataforma mental que define pautas do sujeito em seu contato rente com o mundo objetivo; é artífice de representação da realidade, invocando o sujeito nas representações que faz fora; peça invisível que traz da cultura os nutrientes para que exista dentro; é, ademais, instrumento de interrogação, de procura de rumos – ou de absoluto extravio. Perdição. Bússola. Escapatória. Adentramento. Por isso, pensar é, para o sujeito contemporâneo, um  modo de se ter compromisso com a lucidez como é, na mesma proporção, possibilidade de ser capturado face aos embaraços do mundo do qual  se frutifica - e se enuncia. Pode-se invocar os versos: os pensamentos “não tem fronteira, nem porteira, nem cerca que os detenham”.

A par dessas considerações poder-se-ia, ao ler o texto de Ana Fani A. Carlos (2007) perguntar: o que fazer para que o pensamento geográfico, ou os modos de pensar instruídos pela geografia, possam adentrar “o mundo sem  porteira”, datado e espacializado sob a rubrica histórica do presente?

A professora e pesquisadora Fani (2007) levanta em seu texto algumas bandeiras ao cabo de uma reflexão que fundamenta a sua posição: ao levar em consideração que a geografia cultural, ou vertentes dela,  pretende uma “autonomização da esfera cultural”, ela torna-se adversária de uma “geografia que prima pela potência crítica e analítica”.

Mas é mais: no momento histórico reinante, marcado pela crise social em escala mundial, a crise teórica é apenas um sintoma de um “utopismo banal” que, no campo geral das ciências, e na raia específica da geografia, caracteriza-se pelo estilhaçamento do pensamento geográfico. São tantas geografias cujo armazém invisível parece não dar conta de guardar todos os predicativos: geografias menores, geografia sutil, geografia dos sabores, geografia socioambiental, geomática...   

O argumento da professora busca em Mezaros (2001) a significação abrangente: “ o capitalismo não tem uma missão civilizatória”. Logo a geografia brasileira, no viés teórico, ao abdicar-se do marxismo produz a sua ideológica por duas vias: abandona a totalidade, daí não ler o capitalismo; e abandona a reflexão da produção do espaço que envolve diretamente a ação do capital e do trabalho. Assim ideologicamente, justifica-se a aproximação do pensamento geográfico à burocracia de mercado.

Aliás, pontua Fani (2007), há duas direções para esse fim: a consecução de uma “geografia prática” a partir da crença no desenvolvimento sustentável e uma redução da leitura de natureza pela via do ambiente. No cerne da fratura é correspondente “uma febre de mapas”.

Uma geografia que apanha as contradições reais do mundo e se mobiliza para descortinar as ideologias e o lugar do Estado como entidade de classe ,demanda recriar a sua ambição pela totalidade e pela filosofia. Nasce, daí, a proposta de uma METAGEOGRAFIA cujas características podem ser delineadas:
a) que supere a redução da problemática espacial àquela da gestão do espaço com o objetivo de restituir a coerência do processo de crescimento;

b) que supere a atomização da pesquisa que se recusa a “habitar o tempo”, produzindo uma Geografia invadida pelas medidas da lógica produtivista;

c) contra a subjugação ao “saber técnico” que instrumentaliza o planejamento estratégico realizado sob a batuta do Estado, justificando sua política;

d) que ultrapasse o discurso ambiental que esvazia a relação sociedade-naturezaidentificando a dimensão social e histórica do espaço à sua dimensão natural;

e) que contemple o desvendamento da potência produtiva do capital, na rodução/reprodução do espaço em sua dimensão prática englobando, também asideologias que sustentam a sociedade do “bem estar” que reduz o sujeito a sua condição de consumidor na busca crescente de produtos novos, em espaços renovados;

f) que realize a crítica radical do existente restituindo o caminho do qualitativo, questionando a política do Estado e suas estratégias como momentos necessários do entendimento da crise atual e não subjugando os projetos de mudança à lógica do Estado. O horizonte delineado por Marx “na questão judaica” revela que a transformação radical da sociedade nega a política na medida que o político não foge as manifestações do controle burocrático que escapa ao controle democrático.

            Com as ideias lançadas sob o nome  METAGEOGRAFIA a partir do que Lebfvere denomina METAFILOSOFIA, Ana Fani A. Carlos (2007) defendera a sua tese de Livre Docência e ousou repercutir, com deliberação político-teórica, nos rumos da geografia brasileira.
           
Algumas questões levantadas pela professora, como a ortodoxia marxista e o componente cultural, a leitura da natureza mediante o interesse do mercado, o lugar da pesquisa geográfica e o seu vínculo institucional, por certo, recomendam um diálogo mais demorado entre nós – e todos. Possivelmente estas questões instalam outras  que, por aqui, temos feitos: como incluir numa mesma esfera de pensamento os conflitos da produção do espaço no capitalismo e os vínculos  com a vida do sujeito em suas múltiplas dimensões? Como sair também da institucionalidade marxista que pode brindar a realidade por meio de uma externalização do pensamento? Como não eximir-se do comprometimento institucional e do mercado de trabalho mantendo um crivo político e crítico no labor geográfico?

            Como versejou a minha amiga Dóris Reis, poeta trindadense, só se responde – “o que fazer com o meu pensamento” – ao delinearmos onde estamos e para onde se vai.Como o pensamento dela, o meu gosta de brincar e, às vezes, ousa dizer que é possível fazer uma geografia criativa, imaginativa, liberta – e libertadora, não fora do mundo, sem a sua influência, mas dentro dele, intensivo e engajadamente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sujeito e Linguagem



[1]Dóris de Fátima Reis Mendes

            Para abordar o tema sujeito e linguagem deve-se considerar primeiramente o que estes termos carregam de significados. Conceituar sujeito e linguagem seria uma ousadia senão uma irresponsabilidade.  Afinal quando é que o indivíduo passa a ser sujeito? Quando pode-se considerar que um indivíduo torna-se autor de sua própria história e tem consciência de seus atos e é senhor do seu próprio destino?
Bem,  há que se considerar o ser humano como indivíduo apenas após o seu nascimento, já que antes disso é um ser dependente de sua mãe que é lugar onde ele habita como ser biológico. Da mãe depende em todos os sentidos: para se alimentar, para se proteger do mundo e para crescer com saúde até o seu nascimento.
Após ser desligado daquele corpo que lhe permitia viver sem ter de se esforçar de maneira alguma, estando vivendo no mundo independente fisicamente de outro ser, pode-se dizer que este pequeno é um indivíduo. Pode-se afirmar que ele alcança a individualidade e a independência de condições vitais.
Nesta fase o ser recebe então todos os estímulos do meio externo: sons, cores, temperatura, e todas as adversidades do mundo real. Assim passa a ser um indivíduo em contato com o mundo, porém não tem ainda condições de sobreviver sem a ajuda de um cuidador, seja mãe ou outro substituto qualquer.
Com o passar do tempo este indivíduo vai se apropriando do universo a sua volta e aprendendo a manipulá-lo, adaptar-se ou transformar o que está ao seu alcance. Neste sentido Halliday (1978) fez um estudo interessante sobre as funções da linguagem. Analisando crianças bem pequenas detectou que a linguagem no mundo infantil é utilizada primeiramente para satisfazer suas necessidades mais básicas, como comer e abrigar-se (função instrumental). Mais tarde a criança começa a compreender que a linguagem pode ser usada também para controlar as pessoas e situações (função regulatória) e enfim para se comunicar em todas as situações da vida (função interacional).
Pode-se perceber então que na medida em que o indivíduo passa a dominar os diversos  tipos de linguagem ele passa a ser  “dono’ de si e assim pode ser considerado sujeito de seus desejos  e de suas ações. Estamos considerando aqui o sujeito sob o aspecto da linguagem, mas devemos considerar que o ser humano que tem a linguagem como algo inerente a sua natureza, é um ser que se apresenta em diversas dimensões: filosófica, espiritual, psicológica, histórica, social, política, emocional.
Seria impossível tratar do ser humano como um ser isolado, como também é impossível abranger em tão pouco espaço todas as suas dimensões.
Assim, trataremos aqui apenas do aspecto da linguagem, o que já é uma tarefa árdua e inconclusiva.
Muitos teóricos se dedicaram ao estudo da aquisição da linguagem e muitos outros ao desenvolvimento e interpretação desta. Vale a pena ressaltar alguns desses estudos para compreender como a linguagem é vista sob pontos de vista diversos.
Skinner (1975), psicólogo comportamentalista tentou utilizar os princípios behavioristas ao estudo da linguagem. Estes princípios: estímulo-resposta, reforço e condicionamento operante, eram aplicados aos animais e se baseavam nas teorias desenvolvidas por Pavlov e Darwin sobre a continuidade evolutiva. Esta teoria foi severamente criticada por Chomsky (1988), que afirmava que as experiências de Skinner não passavam de ‘um faz de conta de fazer ciência’. Isto porque estes princípios não poderiam ser aplicados a comportamentos verbais, que, por sua própria natureza, não podem ser controlados como outros tipos de comportamentos.
Chomsky, (1988) considera que o ser humano como ser biológico dotado de potencialidade física e mental inata para a linguagem. Neste sentido, ele desenvolveu os conceitos de competência e desempenho que respectivamente se relacionam a capacidade e a habilidade para a linguagem.
Mas o ser humano não é apenas biológico e constrói sua trajetória de forma sócio-histórica e assim desenvolve a linguagem em suas relações interpessoais em contato com o mundo e com o outro.
Piaget (1975) foi um dos estudiosos que considerou a influência do meio na constituição do conhecimento infantil e fez uma relação entre conhecimento e linguagem. Assim com ele, Vygotsky (2003) também enveredou seus estudos por este caminho. Por isso Piaget (1975) e Vygotsky (2003) são representantes legítimos da teoria cognitivista.
Estes dois últimos teóricos, embora não sejam teóricos da linguagem, muito contribuíram para os estudos da aquisição da linguagem.
Piaget (1975) considerou que a criança aprende de acordo com algumas fases ou estágios, que ele definiu da seguinte maneira: sensório motora; operações concretas; operações formais. Segundo este teórico, a criança na fase pré-operatória está no estágio da representação, momento em aparece a capacidade de representar uma coisa (objeto, desenho, som, sinal) por outra (palavra, desenho, som, sinal). Para Piaget (1975), a linguagem é um sistema de sinais sociais em oposição aos símbolos individuais.
Para Piaget (1975), estas fases estão relacionadas a uma certa maturação física e acontecem uma a uma de acordo com a idade cronológica em que a criança se encontra.
Já Vygotsky (2003), considera também algumas fases pelas quais a criança passa, porém estas fases são independentes de idade e podem se apresentar sem nenhuma hierarquia ou superação de alguma delas. Sendo que são elas: fase da imagem sincrética, fase do pensamento por complexos, fase dos pseudoconceitos e fase da abstração. Estas fases estão relacionadas, segundo Vygostsky (2003) a formação de conceitos pela mente da criança.
Segundo Vygotsky (2003) o que determina a sequência destas fases ou a suplantação de uma sobre a outra, não é a idade cronológica da criança e sim a sua relação com o meio e os estímulos que recebe dele. Portanto crianças que vivem em um ambiente rico de estímulos tem mais possibilidades de dominar a fase abstrata com mais rapidez e propriedade.
 Para Vygotsky (2003) estudar a criança é considerar “o centro do desenvolvimento cultural devido ao surgimento do uso de instrumentos da fala humana”. Para ele a “linguagem é usada como instrumental para o pensamento”.
 Já para Halliday (1978) conforme mencionado acima, a linguagem se presta a vida da criança , a princípio as suas necessidades e desejos mais básicos, inclusive ao de interação como prevê Vygostsky (2003). Isso faz com que a criança se expresse com enunciados simples que desempenham apenas uma função de cada vez.
Para Halliday (1978) aprender a língua materna é aprender os usos da língua e seus significados, ou ainda que aprender a língua é aprender a significar.
Assim, partindo deste conjunto de concepções sobre aquisição da linguagem podemos afirmar que o indivíduo se torna sujeito de si e de sua linguagem a partir do momento em consegue significar e conferir conceitos mentais dos mais concretos aos mais abstratos.
  Mas ainda é preciso que se tenha claro de que não cabe aqui nenhum conceito definido ou acabado sobre sujeito e sua relação com a linguagem, mas uma possibilidade de compreender como se dá esta relação subjetiva e complexa entre esses dois elementos. Abaixo para ilustrar esta incompletude e a busca por esta compreensão, capturo algumas afirmações de lingüistas brasileiros sobre a questão do sujeito e da linguagem:


Acredito que se aceitarmos a premissa de que somos fundamentalmente seres de linguagem, é difícil separar linguagem de sujeitos. A linguagem ou as práticas de linguagem nos precedem, e em certo sentido, elas nos sujeitam. Por outro lado, é nelas que nos constituímos.
                                                                                                      (Alberto Faraco)


Não seria possível a existência da linguagem, não fosse a existência de sujeitos.                                (Bernadete Abaurre)


Você não pode conceber a língua sem um sujeito, entendendo como o sujeito falante e seu interlocutor.
( Ataliba Castilho)

A linguagem não tem sujeito, mas os discursos têm. A língua em funcionamento, sempre que estiver em funcionamento,é mobilizada por um sujeito.
(Sírio Possenti)

Eu diria que o sujeito é historicamente aquele que se constitui no corpo biológico que somos, nos processos de relação desse corpo com outros corpos, processos que produzem a emergência, a construção de uma consciência. 
( Wanderley Geraldi)


O sujeito da linguagem é uma formação social em todas as suas contradições.
(José Luiz Fiorin)

Habitamos a linguagem e ela em nós.
(Francisco Gomes de Matos)

 
Sujeito é uma construção e uma construção muito complexa dentro de uma cultura; culturas diferentes constroem sujeitos de forma diferente e há processos históricos, processos sociais diferenciados. Eu diria que a língua não tem sujeito. O sujeito é uma construção pela língua, na língua, mas nunca fora dos indivíduos que estão interagindo com a língua.
(Luiz Antônio Marcuschi)






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


CHOMSKY, N. A. A review of B. F. Skinner’s Behavior. In: SMOLINSKI, F. ( Ed.) Landamarks of American Language and Linguistics. Washinton. D.C.: Bureau of Educational, 1988. P. 117-135.

HALLIDAY, M. A. K. As bases funcionais da linguagem. In: DASCAL, M. (org). Fundamentos Metodológicos da Linguagem. São Paulo: Global, 1978. P 125-161.

PIAGET, J. A.  A epistemologia Genética – Sabedoria e Ilusões d Filosofia- Problemas de Psicologia Genética. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1975.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rad. de Jeferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.



[1] Pedagoga – UCG, Especialista em Língua Portuguesa e Administração Educacional - UNIVERSO – Mestre em Estudos Linguísticos –UFG, Professora da rede pública estadual e municipal, membro da Academia Trindadense de Letras Ciências e Artes. 


Café Lítero-Filosófico promovido pela ATLECA sobre As múltiplas dimensões do sujeito



Foi realizado na sede da Academia Trindadense de Letras Ciências e Artes,  no dia  16/10, domingo, o Café Lítero Filosófico com o tema: As múltiplas dimensões do sujeito. O público formado de acadêmicos do curso de Geografia da UFG, e de membros da ATLECA, saboreou um momento de reflexão profunda a respeito do sujeito contemporâneo regada a café, chá  e biscoitos. O prof Dr Eguimar Chaveiro, recitou poemas entes de iniciar as discussões da mesa, e fez a introdução ao tema a ser apresentado pelos palestrantes.
O ambiente ameno e acolhedor proporcionou uma troca de experiências agradável e proveitosa.
Na mesa a Prof. Mestre em estudos linguísticos, Dóris de Fátima Reis Mendes, que falou sobre o sujeito e a linguagem, a Psicóloga Maria Luiza de Carvalho, que relatou suas experiências com o sujeito encarcerado no Projeto Álcool e outras Drogas, que ela desenvolve no município de Nazário.
O problematizador da mesa foi o prof  Dr Wilson Alves de Paiva, que é doutor em filosofia e presidente da Academia de Letras de Trindade.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dóris Reis ministra oficina de Literatura Infantil no Salão do Livro

Literatura infantil na era virtual
                                                                                                        [1]Dóris de Fátima Reis Mendes
A Literatura Infantil tem papel fundamental na formação do imaginário infantil e mesmo na estruturação da sua personalidade. Os Clássicos Infantis tem sido utilizados por diversos tipos de manifestações artísticas ao  longo do tempo, para encantar a fantasia infantil., tendo sido transformados em filmes, músicas, peças teatrais, desenhos animados, seriados de televisão, etc.
 De acordo com a evolução das tecnologias essas histórias vem ganhando diferentes formas de apresentação  e releituras. É oportuno portanto, tratar da literatura infantil, e da literatura universal, considerando os novos suportes de leitura. O mundo virtual tem tomado cada vez o espaço do material impresso, no que diz respeito a informação e a leitura de uma forma geral, substituindo muitas vezes os jornais, revistas e livros no cotidiano do leitor atento e atualizado. Não há como não considerar a evolução midiática e sua influência na formação dos novos leitores. A linguagem virtual enfim, tem modificado a maneira de crianças, jovens e adultos se relacionarem com a leitura em todos os níveis.
Pensando nisso nos detivemos em buscar formas alternativas de resgatar a literatura infantil na vida das crianças, procurando despertar o interesse delas no suporte que lhes é aprazível, as mensagens universais dos Clássicos Infantis, carregados de magia, encantamento e fantasia.
O envolvimento tecnológico que tem sido considerado nocivo as nossas crianças e jovens por despertar o fascínio, o isolamento da vida social, a introspecção, pode porém ser utilizada de maneira leve, saudável e  agradável se direcionada de maneira adequada. Mostrar as crianças o encantamento das histórias infantis narradas e apresentadas no mundo virtual, trazer as crianças à brincadeira e a investigação por meio desta mídia é um desafio para os educadores  (pais e professores).
Assim acreditamos ser possível revestir a fantasia e os conteúdos da literatura infantil em uma roupagem adequada aos padrões da modernidade, trazendo a criança a viver as mesmas emoções que os livros traziam em um novo suporte de leitura, suporte este que eles dominam com imensa facilidade e prazer.
O desafio de ontem é ainda o desafio de hoje: conquistar a criança para a leitura e despertar nela o prazer de ler. Isso só será possível se adequarmos as tradicionais necessidades, às novas práticas. Não basta hoje levar o livro para a sala de aula, não basta ter acesso, não basta oferecer, é preciso seduzir  proporcionar a interação e usar as armas que o mundo moderno nos oferece. O mundo é dinâmico, a criança de hoje não é a mesma do passado, é preciso alcançá-la no tempo e no espaço.

[1] Pedagoga- UCG,  Mestre em Estudos Linguísticos – UFG. Professora da rede pública  municipal e estadual em Trindade – GO. Membro da Academia Trindadense de Letras Ciências e Artes.
Trabalho apresentado no 2º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Goiás

ATLECA tem nova diretoria













No dia 26 de agosto do corrente ano, às 20h, no Auditório da Faculdade Aphonsiano, foi realizada sessão solene de posse da nova diretoria da ATLECA (Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes). Os dirigentes recém-empossados estarão à frente da entidade no período de 2011-2013, com a possibilidade de recondução às funções.
O corpo diretivo da ATLECA ficou composto por Wilson Alves de Paiva, presidente; Cícero Josinaldo da Silva Oliveira, secretário; Cássia Rodrigues dos Santos Araújo, primeira secretária; Wildes de Jesus Rodrigues, segundo secretário; Dóris de Fátima Reis Mendes, primeira administradora; Dina Queiroz, segunda administradora. Como integrantes da assessoria também tomaram posse: Maria Luisa de Carvalho e Cristiano Paulo Vaz, diretores de eventos culturais; Eguimar Chaveiro e Ali Kalil Ghamoun, diretores de pesquisa e documentação; Antonio Erasmo Queiroz Chaveiro e Elton Rosa de Souza, diretores de relações públicas e comunicação.
Acadêmicos falecidos foram lembrados que lhes prestaram homenagens, casos de Ediberto Marcolino Vieira, Nice Monteiro Daher, Maria Emídio Evangelista e Marilda Godoy Carvalho. Houve recitais de poesia, números musicais, como celebração dos 20 anos de 20 da academia. Nossos sinceros cumprimentos aos ilustres intelectuais da “Capital da fé”, bem como votos de sucesso na empreitada na defesa e valorização da cultura produzida pela gente trindadense.


 Escrito por Sérgio Vieira Costa


Rildo Bento lança seu primeiro livro!







Rildo Bento de Souza, historiador, doutorando em História, professor da rede pública de ensino e apenas 25 anos. Assim, brevemente descrito, pouca gente acreditaria no prodígio dramaturgo que se revela. Autor de mais de 40 espetáculos, o jovem escritor lança seu primeiro livro, com foco no fazer teatral nas escolas. O evento festivo, oferecido pela Superintendência Municipal de Cultura, ocorre dia 24, sábado, às 20h, no Teatro do Grupo Desencanto, em Trindade.
De fácil montagem, mas abordagem embasada e texto denso, as 12 peças de “O Banquete das Cinzas e outros espetáculos teatrais” são pérolas descobertas no fundo do oceano de possibilidades cotidianas. Da mente do autor, borbulham histórias que envolvem mortes, vingança, amor, riso, dor, crítica social e lembranças que dão a tônica dos enredos. “São didáticas, com menos personagens e figurinos básicos, o que exige uma atuação dedicada do ator”, explica Rildo.
O processo de criação segue um roteiro quase linear: primeiro o autor pensa na história, depois nos personagens, em seguida nos conflitos, na estrutura dos assuntos, e, por fim, nos diálogos. “A fórmula básica e clara de todo espetáculo é fazer com que o espectador permaneça na cadeira e não vá embora.” Como missão, promover a catarse, despertar emoções que levem a plateia a se identificar.

No palco

“Fiz um espetáculo para contracenar com uma amiga e após a estreia perdi a amiga. Ela disse que eu estava possuído pelo demônio”, revela Rildo Bento ao mencionar o teor de um texto. Outra montagem polêmica e tocante – esta sim, contida no livro –, é “Herdeiros Radioativos”, que faz um recorte da tragédia com o Césio 137, ocorrido em Goiânia, na década de 1980.
Todavia, nem tudo são trevas neste banquete. A fábula “O Encanto da Lua” conta a história de um fauno e uma princesa, que em meio ao estranho amor proibido, ficam juntos no final quando o feitiço do monstro é quebrado. O espetáculo foi bem aceito e premiado no Festival Estudantil de Teatro da Cidade de Trindade. Igual a este, outros tantos já receberam honrarias em mostras regionais.
Inspiração

De onde vem essa inspiração? Ele responde: “Minhas influências são a telenovela, o cinema, o teatro, a literatura, Machado de Assis. E só funciono com música. Meus ouvidos se deleitam com Chico Buarque, música clássica e MPB.” Não há para onde fugir: Rildo é moderno, cosmopolita, refinado, crítico. Uma profusão de sentimentos que lançada ao palco cria seu retrato do mundo e do comportamento humano.
Tanta energia mereceu reconhecimento do governo do Estado que aprovou o projeto pela Lei Goyazes. “Não fosse insistentes pedidos do teatrólogo superintendente de Cultura de Trindade, Amarildo Jacinto, e apoio incondicional de Drª. Lena Castello Branco e Dr. Floriano Freitas, eu não teria chegado até aqui”, agradece. “O Banquete das Cinzas e outros espetáculos teatrais” foi abraçado ainda pela Drogaria Neto e a Editora da PUC Goiás.

Lançamento do livro
O Banquete das Cinzas e outros espetáculos teatrais
o lançamento aconteceu no ia 24 de setembro, no  Teatro do Grupo Desencanto – Trindade e foi um sucesso.
                                                                                               Texto de Antônio Erasmo

Cássia Rodrigues a mais nova mestre da ATLECA

O mês de setembro foi brindado por Cássia Rodrigues, membro da ATLECA, com muita alegria pela conclusão de seus estudos de mestrado. Sob a orientação de do Prof Dr Agostinho Potenciano da Faculdade de Letras da UFG, Cássia  pesquisou sobre O ethos discurso, uma nova linha de estudos da análise do discurso, teoria que embasou seu trabalho.
Na ocasião estavam presentes familiares e amigos para homenagear este grande momento.
Parabéns prof  Mestre Cássia Rodrigues! e agora rumo ao doutorado!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Café com Leitura



Foi realizado, no dia 18/06/2011, no auditório da Biblioteca Central, o V CAFÉ
COM LEITURA. A partir de uma parceria entre o IESA – Instituto de Estudos
Socioambientais com a FACOMB – Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia e,
contando com as presenças do escritor, folclorista e produtor cultural Bariani Ortênsio,
juntamente com o Professor e escritor Dr. Wilson de Paiva, presidente da ATLECA –
Academia Trindadense de Letras, Ciência e Arte, Prof. Dr. Eguimar Felício Chaveiro,
membro da ATLECA, Angelita Pereira de Lima e Andréa Pereira, foi posto em questão
A LEITURA DO MUNDO PELA JANELA LITERÁRIA.
A presença maciça de jovens estudantes de vários cursos, de professores de várias
unidades acadêmicas da Universidade Federal de Goiás, de membros da Atleca,
de alunos de mestrado e doutoramento do IESA no evento foi pertinente à rica
discussão da temática. Algumas ideias desataram o cordão da expectativa do público e
permearam o diálogo entre os membros da mesa.
Vale destacar a que apregoa que a literatura sempre foi heterogênea e que, como arte da
palavra, cumpre vários objetivos: a sede simbólica do ser humano em saber o que é; a
sua necessidade de contar a sua história; o valor de produzir imagens consoante ao que
se vê, sente e imagina; o dever de enfrentar, cotidianamente, a linguagem e transformá-
la num atributo de sentido humano.
Destacou-se também a proximidade entre ler e escrever, entre narrar e imaginar, entre
ver e compor. A fascinante imagem de Clarice Lispector “de que dentro de uma coisa
há outras coisas” e, que portanto, no dentro do dentro há o que não se sabe – e cabe a
leitura literária – procurar a sabedoria, ressoou como uma crítica: nem sempre a escola,
na sua estrutura e no seu desempenho pedagógico e normativo, é boa motivadora para a
leitura e para o exercício da escrita. Mas quase todas as pessoas lêem, escrevem, dizem
a sua história – e usam a linguagem para fazer perguntas e tecerem imagens que lhes
testemunham a vida e o seu dom de beleza.
Por Eguimar Chaveiro

Entrevista sobre Linguagem Midiática - Jornal Academus


1)Dóris, quais são os desafios centrais dos estudos de Linguagens na situação histórica atual? 
Penso que em todo e qualquer tempo, o grande desafio de estudar a linguagem, e também o grande prazer em fazê-lo, é o fato de que a linguagem é dinâmica e não se aprisiona em nenhum critério, ou método. Não se rende a nenhum tipo de  normas, nem mesmo as gramaticais ou ortográficas, que teoricamente são estruturas mais rígidas da língua. Ou seja, mesmo a gramática e a ortografia de uma determinada língua podem se modificar com o passar do tempo e com os usos que se faz delas.
Qualquer barreira que se queira formar ou firmar para o estudo da língua seria inconsistente, dada a natureza do seu objeto de estudo estar correlacionado à subjetividade do sujeito, que é quem fala, enuncia, expressa... e ainda ao espaço em que este sujeito se encontra (tomando como espaço toda noção de geografia, de sociedade, de cultura, de interdependências econômicas e relacionais - ou seja, tudo o que é extralinguístico e que se manifesta na linguagem, mesmo sem dela fazer parte.
Portanto se eu fosse destacar um desafio de forma especifica no estudo da linguagem, ou como você disse -linguagens- seria o fato de estar ela tão relacionada ao ser humano, que é por natureza complexo, incompleto e evolutivo e sendo a linguagem inerente a ele sofre, ou se presta a todas as nuances desse ser.
O estudioso de linguagem deve portanto, ser alguém sensível as estas realidades e não buscar respostas objetivas, diretas ou acabadas, sob pena de se frustrar no intento de reduzir a linguagem a um mero objeto, ou instrumento (no sentido de utensílio, ferramenta)  que é usado pelo homem, ao passo que esta é um “artifício” consciente de comunicação, expressão, sedução, convencimento, estética e arte, entre tantos outros utlizados pelo ser humano em seu processo de socialização.
Assim,  o estudioso da língua é um inovador, um desafiador do tempo e do espaço, já que é impossível desconsiderar esses aspectos o estudo linguístico.

2) Como lidar com os novos tipos de textos, especialmente com os virtuais?
Todas as possibilidades de leitura devem ser consideradas na escola ou fora dela. Estudos já comprovam que o jovem da atualidade lê mais, embora com uma capacidade de concentração e retenção menor, devido a própria forma como o texto se apresenta. Há  ainda o advento da linguagem virtual, considerando as mais diversas possibilidades. Hoje poderíamos considerar que a mente da criança e do jovem funciona como em um site que oferece diversos links de possibilidades de acesso. No caso do pensamento juvenil, podemos usar uma metáfora de uma tela de computador que oferece mil opções de escolha, de pensamentos, de seleção, de cores, sons, de jogos mentais. Mentes inquietas!
Não se pode desconsiderar que a criança com acesso ao mundo virtual e as suas possibilidades textuais, aprende de maneira diferente das crianças e jovens de séculos, décadas e até poucos anos atrás. Não pensando apenas nos diferentes tipos de suporte, mas principalmente como formatos de texto (bate- papos, blogs, sites de relacionamento ou pesquisa, etc) não valorizar e desprezar essa realidade e fechar os olhos diante do obvio.
Assim, lidar com os novos textos requer não só uma preparação teórica por parte da escola e dos profissionais da educação, como muito mais necessita de uma vivência (porque dizer experiência seria equivocado) com esses textos.
O que se percebe é uma certa resistência e uma aversão da instituição escola (isto me referindo ao nível fundamental e médio)  aos textos virtuais, as pesquisas de internet, aos sites de relacionamento e redes de comunicação. Como professora dinamizadora de uma escola estadual, percebo que sempre que um professor vai ao laboratório de informática educacional (LIE) a primeira recomendação é que o aluno não entre em site do tipo orkut e MSN.
Isso demonstra e exemplifica o que eu acabo de afirmar anteriormente. Como se fosse errado na escola usar esses instrumentos, que na vida estão a nossa mão a todo momento, ao passo que deveria ou poderia ser exatamente ao contrário. Os professores deveriam usar o LIE para orientar que tipo de textos estão apresentados ali, que tipo de possibilidades de leitura e escrita eles nos oferece, que diferenças há entre este e outro tipo de texto. E ainda mais que tipo de análise se pode fazer das relações interpessoais que se cria e se desenvolve nestes tipos de sites, o que são comunidades virtuais, para que elas servem, se há riscos em se envolver nelas e inúmeras outras possibilidades inexploradas no âmbito escolar.
Na verdade, a falta de preparo, e não digo preparo acadêmico, digo de vivência (volto a repetir) e uma certa discriminação a linguagem virtual é que causa dificuldades em lidar com textos virtuais na escola.
Mas é necessário salientar que em alguns aspectos, se não em todos os casos, não há como frear a evolução tecnológica, nem ignorar a influência midiática na vida moderna, assim como não há como desejar que o  homem retorne ao seu estado primitivo. Desse modo, é necessário e urgente uma mudança na concepção de ensino, de escola e principalmente de linguagem para não se correr o risco de estarmos tornando a escola cada vez mais inútil.
Aqui cito Rubem Alves, que afirma que a única e melhor coisa que aprendeu na escola foi a ler. Todo o resto ele aprendeu com a vida e com a habilidade de leitura. Se a escola não ensinar a leitura e interpretação do mundo em que a criança, adolescente e jovem  vivem, ela está caminhando para a sua total inutilidade.

3) - Como criar práticas de leitura junto ao jovem fragmentado, geralmente disperso?
O adolescente e o jovem na atualidade tem uma maneira diferente de pensar, de raciocinar, de racionalizar as coisas a sua volta. No geral são muito rápidos e com uma apreensão ligeira das informações. Detém com facilidade novos fatos e conceitos, mudam rapidamente de foco e de interesse. Isso não pode, nem deve, ser considerado um defeito, mas uma característica das novas gerações. E é com esse jovem elétrico, antenado que a escola está lidando.
Infelizmente apesar de tantas mudanças, a escola continua usando as mesmas estratégias de leitura e de atividades literárias do passado. A escola deve considerar que o jovem “disperso”, porém ligeiro, de mente inquieta, é um ser com identidade própria e interesses variados, por isso a dispersão. Cabe buscar novas estratégias de leitura com levem em consideração essas características. Desconsiderar a linguagem da juventude e não levá-la para a escola é perder a chance de contribuir com a educação desta juventude. Os novos suportes de leitura, técnicas de escrita que considerem a linguagem virtual e a funcionalidade da língua devem ser uma constante nos planejamentos de língua portuguesa em nossas escolas.
Entrevista realizada pelo Prof Dr Eguimar Chaveiro à Prof. Ms Dóris de Fátima Reis Mendes para o jornal Academus - 2ª edição Junho 2011- (Ambos Membros da ATLECA)
vam

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mais Poesia

Resposta ao poema de um poeta paraense
Vem pra Goiás meu amor...
Sei que você vai gostar
Vem conhecer Trindade
Velha cidade da fé e do amor!

Vou te levar pra conhecer a festa do “Divino”
Vou te levar pra ver os romeiros em procissão
Vou te levar pra conhecer os carros de bois
Gemendo alto pelas estradas de chão!

Vem pra Goiás meu amor...
Sei que você vai gostar
Vem conhecer Trindade
Velha cidade da fé e do amor!

Vem visitar Trindade...
Sei que você vai gostar
Vem ver as moças faceiras
Caminhando na procissão
Cantando ladainhas
Pra ver se o “Divino”
Atende a intenção.

Vem pra Goiás meu amor...
Sei que você vai gostar
Vem conhecer Trindade
Velha cidade da fé e do amor!

Vem pra Trindade meu amor!
Vem pra Trindade...
Velha cidade da fé e do amor!
                                Cássia Rodrigues

Um Pouco de Poesia

Ato penitencial
Me desculpe meu Deus,
Porque hoje estou feliz.
Me desculpe se já não preciso de conceitos e fórmulas para ser feliz
Me perdoe por me permitir
Este sorriso e esta sutileza no olhar
Me desculpe por não usar mais máscaras,
Me desculpe por rasgá-las.
Desculpe se mesmo sabendo da dor de muitos
Hoje estou feliz!
Hoje experimento de algo que não cabe em mim...
Me perdoe por não sentir culpas,
Não me arrepender dos atos e nem das omissões.
Me desculpe pela falta de humildade
de pensar que eu me basto!
Me perdoe por ter alcançado a maior idade da minha feminilidade
e não permitir mais
que me tomem pela mão
E me apresentem bússolas, direções
Nem que me apontem caminhos
Me desculpe se mesmo sabendo das regras
não temo em transgredi-las para ser feliz
Mas acima de tudo
Obrigada por me fazer assim...
Pois só assim, reconheço na Tua obra
o retrato da Tua grandeza
Dóris Reis

Festa Literária de Pirenópolis - fantasia e sonho em três dias de mergulho na Literatura Goiana

Lançamento de livros, saraus de poesia, apresentações teatrais e musicais, mesas redondas e palestras, exposição de trabalhos escolares, momentos de leitura informais  marcaram a 3ª FLIPIRI - Festa Literária de Pirinópolis.
O evento que está em sua terceira edição marca o encontro da literatura goiana e do Distrito Federal com belíssimas participações. O público se delicia com todas as atividades que acontecem em três dias no maravilhoso cenário da linda Pirenópolis. A cidade  fica repleta de cultura, arte e muita poesia.
No dia 14 foi lançado o livro de Olimpio Jaime : "Política e Violência em Tempos de Chumbo" que conta a biografia do autor e realidades vividas na época da ditadura no estado de Goiás.
Dr. Olímpio, que é atualmente vice-presidente da Academia Trindadense de Letras Ciências e Artes- ATLECA-  foi homenageado pelos organizadores do evento e em especial pelo escritor e jornalista Luis Turiba, que declamou especialmente para ele o poema "68" de seu livro com o mesmo título.
As confreiras Dóris Reis, Cássia Rodrigues e Malu Carvalho
 prestigiando o escritor e vice presidente da ATLECA
Dr Olímpio Jaime

Dr Olímpio Jaime e o escritor e jornalista Luis Turiba

Participaram também desta festa as confreiras da ATLECA Dóris Reis, Malu Carvalho e Cássia Rodrigues, prestigiando o evento e prestando homenagem ao Dr. Olímpio Jaime.
Dóris Reis com a escritora Amneres

Cássia rodrigues com o escritor Marco Coiatelli

Malu Carvalho e a escritora Cristiane Sobral